Empilhando Palavras
quinta-feira, 27 de novembro de 2025
BURBURINHO NA CALADA DA NOITE
"Burburinho na Calada da Noite"
Autor: Fernando Ortiz
O plantão mal começara e muitos já eram os pacientes que se aglomeravam, esperando atendimento médico. Eu, ainda residente em neurologia, aflito, comentava com os colegas que aquela seria mais uma noite tumultuada.
Na enfermaria de clínica médica, o número de pacientes era ainda maior — sem contar a pediatria e as demais enfermarias. Misturavam-se pacientes que realmente precisavam de pronto-atendimento com outros tipicamente ambulatoriais.
Porém, naquela fatídica noite, após uma maratona de atendimentos, exausto e esperando contar com a cumplicidade complacente do corpo de enfermagem, fui tentar repousar no dormitório dos plantonistas.
Mas não demorou muito: uma implacável enfermeira chamou-me para mais um atendimento. Tratava-se, segundo ela, de uma senhora de idade avançada que, inflexível, insistia em ser atendida. Ponderava ainda a enfermeira que aquela seria a última paciente daquela inesquecível noite.
Ciente de que não se tratava de um caso de urgência, fui ao encontro da tal senhora — entre um bocejo e outro. Já eram altas horas de uma madrugada fria. Abri a porta da sala de espera e, automaticamente, perguntei:
— Quem é o próximo?
Levantou-se da cadeira uma senhora um tanto irritada pela minha demora e, de imediato, lançou-me um olhar fulminante. Sem titubear, arrisquei:
— Vamos entrar — eu disse.
Iniciei as perguntas de praxe da anamnese. Ela olhava-me com desconfiança e mal respondia às minhas perguntas. Terminado o exame físico, informei:
— A senhora tem isso, mais isso e mais isso. Vou receitar alguns medicamentos, mas, se não melhorar, terá que retornar para uma nova consulta.
Ela balançou a cabeça negativamente.
— Não.
— Não? Por quê? — indaguei.
— Eu não vim até aqui por causa dessas baboseiras! — retrucou a senhora.
Apoiei a cabeça em uma das mãos, franzi a testa e, após um longo bocejo, insisti:
— Então o que trouxe a senhora, a esta hora da madrugada, ao pronto-socorro?
Ela retrucou de imediato:
— O doutor ainda não percebeu todo o falatório? Pois eles não me deixam dormir!
Intrigado, resolvi inquirir a paciente:
— Mas... do que a senhora está falando?
Ela, do alto de seus setenta anos, com altivez, arrematou:
— São eles, doutor! — insistiu. — São eles! Ficam conversando a noite inteira e não me deixam dormir!
— Ufa! — respirei aliviado, achando que finalmente havia compreendido o drama que afligia aquela senhora. Arrisquei meu palpite:
— São seus vizinhos, não é? São eles a causa da sua insônia? É simples: basta um telefonema para a Delegacia de Polícia mais próxima, e pronto, estará resolvido o problema!
A doce senhora, de repente, pôs-se de pé e, com o dedo em riste, fulminou:
— Bem se vê que o senhor ainda é estudante de medicina! Se fosse realmente médico, já teria entendido a extensão do meu sofrimento!
Meio sem jeito, tentei contornar a situação e expliquei que eu era médico-residente daquele hospital, e que naquela noite estava de plantão no pronto-socorro. Disse que minhas intenções eram as melhores possíveis e, tentando minorar seu sofrimento, arrematei:
— Minha senhora, trata-se de um caso clínico simples. Isso tem cura fácil. Logo que a senhora chegar em casa, ficará boa!
Arrisquei-me, mas o argumento foi em vão. De pronto, retrucou a já indócil senhora:
— Boa uma ova! Isso porque não está acontecendo com o senhor! Eu já lhe disse e repito: eles ficam conversando a noite inteira e não me deixam dormir!
Resolvi, naquele momento — e quase vencido pelo sono —, dar um basta na situação e questionei:
— Eles quem?!
Ela fitou-me demoradamente e, balançando a cabeça com leve desdém, respondeu com naturalidade:
— Ora, meus joelhos, moço! Quem mais poderiam ser, a não ser esses dois? Eles resolvem tagarelar entre si a noite inteira e não me deixam dormir! Contam um para o outro cada causo cabeludo, que fico até ruborizada com tanta sem-vergonhice!
Enfim, sorri amarelo e outra vez bocejei — desta vez, aliviado. Estava quase amanhecendo. Era o fim de mais um plantão.
Neste caso, lembrei-me de Alois Alzheimer, que descreveu, em 1907, em uma mulher na terceira idade, uma forma de demência senil de evolução lentamente progressiva...
Mas isso é outra história!
--------------------------------------------
Adendo:
O fato ocorreu em um plantão de um hospital de Ribeirão Preto (SP), quando, à época, eu era médico-residente em neurologia — nos idos de 1984.
quinta-feira, 6 de novembro de 2025
BURBURINHO NA CALADA DA NOITE
"Burburinho na Calada da Noite"
Autor: Fernando Ortiz
O plantão mal começara e muitos já eram os pacientes que se aglomeravam, esperando atendimento médico. Eu, ainda residente em neurologia, aflito, comentava com os colegas que aquela seria mais uma noite tumultuada.
Na enfermaria de clínica médica, o número de pacientes era ainda maior — sem contar a pediatria e as demais enfermarias. Misturavam-se pacientes que realmente precisavam de pronto-atendimento com outros tipicamente ambulatoriais.
Porém, naquela fatídica noite, após uma maratona de atendimentos, exausto e esperando contar com a cumplicidade complacente do corpo de enfermagem, fui tentar repousar no dormitório dos plantonistas.
Mas não demorou muito: uma implacável enfermeira chamou-me para mais um atendimento. Tratava-se, segundo ela, de uma senhora de idade avançada que, inflexível, insistia em ser atendida. Ponderava ainda a enfermeira que aquela seria a última paciente daquela inesquecível noite.
Ciente de que não se tratava de um caso de urgência, fui ao encontro da tal senhora — entre um bocejo e outro. Já eram altas horas de uma madrugada fria. Abri a porta da sala de espera e, automaticamente, perguntei:
— Quem é o próximo?
Levantou-se da cadeira uma senhora um tanto irritada pela minha demora e, de imediato, lançou-me um olhar fulminante. Sem titubear, arrisquei:
— Vamos entrar — eu disse.
Iniciei as perguntas de praxe da anamnese. Ela olhava-me com desconfiança e mal respondia às minhas perguntas. Terminado o exame físico, informei:
— A senhora tem isso, mais isso e mais isso. Vou receitar alguns medicamentos, mas, se não melhorar, terá que retornar para uma nova consulta.
Ela balançou a cabeça negativamente.
— Não.
— Não? Por quê? — indaguei.
— Eu não vim até aqui por causa dessas baboseiras! — retrucou a senhora.
Apoiei a cabeça em uma das mãos, franzi a testa e, após um longo bocejo, insisti:
— Então o que trouxe a senhora, a esta hora da madrugada, ao pronto-socorro?
Ela retrucou de imediato:
— O doutor ainda não percebeu todo o falatório? Pois eles não me deixam dormir!
Intrigado, resolvi inquirir a paciente:
— Mas... do que a senhora está falando?
Ela, do alto de seus setenta anos, com altivez, arrematou:
— São eles, doutor! — insistiu. — São eles! Ficam conversando a noite inteira e não me deixam dormir!
— Ufa! — respirei aliviado, achando que finalmente havia compreendido o drama que afligia aquela senhora. Arrisquei meu palpite:
— São seus vizinhos, não é? São eles a causa da sua insônia? É simples: basta um telefonema para a Delegacia de Polícia mais próxima, e pronto, estará resolvido o problema!
A doce senhora, de repente, pôs-se de pé e, com o dedo em riste, fulminou:
— Bem se vê que o senhor ainda é estudante de medicina! Se fosse realmente médico, já teria entendido a extensão do meu sofrimento!
Meio sem jeito, tentei contornar a situação e expliquei que eu era médico-residente daquele hospital, e que naquela noite estava de plantão no pronto-socorro. Disse que minhas intenções eram as melhores possíveis e, tentando minorar seu sofrimento, arrematei:
— Minha senhora, trata-se de um caso clínico simples. Isso tem cura fácil. Logo que a senhora chegar em casa, ficará boa!
Arrisquei-me, mas o argumento foi em vão. De pronto, retrucou a já indócil senhora:
— Boa uma ova! Isso porque não está acontecendo com o senhor! Eu já lhe disse e repito: eles ficam conversando a noite inteira e não me deixam dormir!
Resolvi, naquele momento — e quase vencido pelo sono —, dar um basta na situação e questionei:
— Eles quem?!
Ela fitou-me demoradamente e, balançando a cabeça com leve desdém, respondeu com naturalidade:
— Ora, meus joelhos, moço! Quem mais poderiam ser, a não ser esses dois? Eles resolvem tagarelar entre si a noite inteira e não me deixam dormir! Contam um para o outro cada causo cabeludo, que fico até ruborizada com tanta sem-vergonhice!
Enfim, sorri amarelo e outra vez bocejei — desta vez, aliviado. Estava quase amanhecendo. Era o fim de mais um plantão.
Neste caso, lembrei-me de Alois Alzheimer, que descreveu, em 1907, em uma mulher na terceira idade, uma forma de demência senil de evolução lentamente progressiva...
Mas isso é outra história!
--------------------------------------------
Adendo:
O fato ocorreu em um plantão de um hospital de Ribeirão Preto (SP), quando, à época, eu era médico-residente em neurologia — nos idos de 1984.
terça-feira, 4 de novembro de 2025
BURBURINHO NA CALADA DA NOITE
"Burburinho na Calada da Noite"
Autor: Fernando Ortiz
O plantão mal começara e muitos já eram os pacientes que se aglomeravam, esperando atendimento médico. Eu, ainda residente em neurologia, aflito, comentava com os colegas que aquela seria mais uma noite tumultuada.
Na enfermaria de clínica médica, o número de pacientes era ainda maior — sem contar a pediatria e as demais enfermarias. Misturavam-se pacientes que realmente precisavam de pronto-atendimento com outros tipicamente ambulatoriais.
Porém, naquela fatídica noite, após uma maratona de atendimentos, exausto e esperando contar com a cumplicidade complacente do corpo de enfermagem, fui tentar repousar no dormitório dos plantonistas.
Mas não demorou muito: uma implacável enfermeira chamou-me para mais um atendimento. Tratava-se, segundo ela, de uma senhora de idade avançada que, inflexível, insistia em ser atendida. Ponderava ainda a enfermeira que aquela seria a última paciente daquela inesquecível noite.
Ciente de que não se tratava de um caso de urgência, fui ao encontro da tal senhora — entre um bocejo e outro. Já eram altas horas de uma madrugada fria. Abri a porta da sala de espera e, automaticamente, perguntei:
— Quem é o próximo?
Levantou-se da cadeira uma senhora um tanto irritada pela minha demora e, de imediato, lançou-me um olhar fulminante. Sem titubear, arrisquei:
— Vamos entrar — eu disse.
Iniciei as perguntas de praxe da anamnese. Ela olhava-me com desconfiança e mal respondia às minhas perguntas. Terminado o exame físico, informei:
— A senhora tem isso, mais isso e mais isso. Vou receitar alguns medicamentos, mas, se não melhorar, terá que retornar para uma nova consulta.
Ela balançou a cabeça negativamente.
— Não.
— Não? Por quê? — indaguei.
— Eu não vim até aqui por causa dessas baboseiras! — retrucou a senhora.
Apoiei a cabeça em uma das mãos, franzi a testa e, após um longo bocejo, insisti:
— Então o que trouxe a senhora, a esta hora da madrugada, ao pronto-socorro?
Ela retrucou de imediato:
— O doutor ainda não percebeu todo o falatório? Pois eles não me deixam dormir!
Intrigado, resolvi inquirir a paciente:
— Mas... do que a senhora está falando?
Ela, do alto de seus setenta anos, com altivez, arrematou:
— São eles, doutor! — insistiu. — São eles! Ficam conversando a noite inteira e não me deixam dormir!
— Ufa! — respirei aliviado, achando que finalmente havia compreendido o drama que afligia aquela senhora. Arrisquei meu palpite:
— São seus vizinhos, não é? São eles a causa da sua insônia? É simples: basta um telefonema para a Delegacia de Polícia mais próxima, e pronto, estará resolvido o problema!
A doce senhora, de repente, pôs-se de pé e, com o dedo em riste, fulminou:
— Bem se vê que o senhor ainda é estudante de medicina! Se fosse realmente médico, já teria entendido a extensão do meu sofrimento!
Meio sem jeito, tentei contornar a situação e expliquei que eu era médico-residente daquele hospital, e que naquela noite estava de plantão no pronto-socorro. Disse que minhas intenções eram as melhores possíveis e, tentando minorar seu sofrimento, arrematei:
— Minha senhora, trata-se de um caso clínico simples. Isso tem cura fácil. Logo que a senhora chegar em casa, ficará boa!
Arrisquei-me, mas o argumento foi em vão. De pronto, retrucou a já indócil senhora:
— Boa uma ova! Isso porque não está acontecendo com o senhor! Eu já lhe disse e repito: eles ficam conversando a noite inteira e não me deixam dormir!
Resolvi, naquele momento — e quase vencido pelo sono —, dar um basta na situação e questionei:
— Eles quem?!
Ela fitou-me demoradamente e, balançando a cabeça com leve desdém, respondeu com naturalidade:
— Ora, meus joelhos, moço! Quem mais poderiam ser, a não ser esses dois? Eles resolvem tagarelar entre si a noite inteira e não me deixam dormir! Contam um para o outro cada causo cabeludo, que fico até ruborizada com tanta sem-vergonhice!
Enfim, sorri amarelo e outra vez bocejei — desta vez, aliviado. Estava quase amanhecendo. Era o fim de mais um plantão.
Neste caso, lembrei-me de Alois Alzheimer, que descreveu, em 1907, em uma mulher na terceira idade, uma forma de demência senil de evolução lentamente progressiva...
Mas isso é outra história!
--------------------------------------------
Adendo:
O fato ocorreu em um plantão de um hospital de Ribeirão Preto (SP), quando, à época, eu era médico-residente em neurologia — nos idos de 1984.
terça-feira, 17 de junho de 2025
DEUS: UM NEGÓCIO DA CHINA
Dr.Fernando Ortiz Wrote
junho 17, 2021
Algumas pessoas perceberam que explorar o alfabeto divino, rende dividendo. E o produto mais rentável das religiões continua sendo as igrejas e templos. É nestes lugares que os fiéis decidem contribuir para a causa e passa a ser um devoto fervoroso.
Quanto mais vistosos os templos, mais devotos começam a participar e a contribuir. Historicamente, a religião sempre foi uma forma de fazer dinheiro. E hoje em dia, muitas igrejas não pregam mais a vida eterna e o seguimento a Jesus, mas a salvação da empresa, o desemprego, as drogas e o casamento. Pois, são preocupações do aqui e agora!
E agindo desta forma conseguem atrair milhares de pessoas e aumentar as contribuições!
Nas últimas quatro décadas, os evangélicos tem tido mais sucesso em angariar fiéis. São atualmente 46 milhões de evangélicos no Brasil. A estimativa é que seja até 2021, a metade da população brasileira. Dois aspectos colaboram para a multiplicação das igrejas protestantes: Há mais de 100 denominações evangélicas espalhadas pelo país e é muito fácil abrir uma igreja. Qualquer pessoa bem articulada e sabendo se expressar, pode se tornar um pastor. Para inaugurar uma igreja é muito fácil. O primeiro passo é registrar a denominação em um cartório, que exige assembléia de fundação e estatuto social. Depois, é preciso inscrever a nova igreja na receita federal e tirar CNPJ. Mas, a principal vantagem de abrir uma igreja é livrar-se de impostos! Com a documentação, pode-se abrir uma conta bancária, receber donativos e realizar aplicações financeiras livres de imposto de renda e IOF.
Também não se paga IPTU, ITR, IPVA e ISS. Tudo absolutamente dentro da lei. Não se exigem requisitos teológicos e nem mesmo número mínimo de fiéis. Não é à toa, que há registro de grande crescimento de igrejas evangélicas no Brasil, com a prática da barganha do nome de Deus e comercializando a fé consegue-se extorquir grandes somas de valores dos devotos. A “religião virou um negócio da China”, cômodo para o fiel e lucrativo para o pastor! Entre o crescimento de igrejas, o mais vertiginoso é observado entre as correntes pentecostais e neopentecostais, que apostam em curas e milagres!
Muitos dos pastores destas igrejas moram nos fundos do imóvel e vivem dos donativos dos fiéis. Não há uma tabela que fixe o rendimento de pastores. Sabe-se que um pastor pode receber de um salário mínimo (R$1045,00) à R$20.000,00, dependendo do quanto traga de novos fiéis. Pastores consagrados ganham bem mais do que isso. Igrejas com maior visibilidade, idem.
Pagar o dízimo é um ato que está presente na maior parte das igrejas. Trata-se de um ato voluntário, um investimento na igreja, dizem os pastores e acrescentam que é agradecimento do fiel a Deus, em fôrma de contribuição. Trata-se de uma parte dos rendimentos pessoais que o devoto entrega espontaneamente para a igreja, na intenção de ajudar a manter a obra. Há igrejas que exigem 10% do salário do fiel, outras deixam o valor a critério do devoto. Mas, há também os exageros de pastores em exigir muito dinheiro, inclusive há denúncias de enriquecimento ilícito.
A expansão das igrejas evangélicas está ligada aos preceitos da Teologia da Prosperidade, uma das principais correntes filosóficas das instituições, especialmente as neopentecostais.
Milhares de pessoas correm aos templos para buscar uma saída aos seus problemas financeiros. Esta teologia prega que é preciso ser abençoado por Deus para ter uma vida livre de infortúnios e recheada de prosperidade. Mas, a bênção divina nunca vem de graça. O fiel tem que mostrar o quanto de sacrifício está disposto a fazer para alcançar a graça divina, normalmente medida pelo tamanho da doação. Estas igrejas colocam seus interesses pessoais acima de qualquer coisa e acabam gerando lucro, mas ao custo de macular a linguagem de Deus! Fica o alerta!
Copyright © - 2011-2025 - Dr.Fernando Ortiz Wrote -Todos os direitos reservados
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024
TESTEMUNHO DE UM APRENDIZ
quarta-feira, 16 de julho de 2014
BLOG: "EMPILHANDO PALAVRAS" UM ESPAÇO PARA CRÔNICAS!
coisa nossa,com marca de origem e carimbo de autenticidade nacional.Acesse os arquivos deste Blog e...
Boa leitura,
DESABAFO DE UM CINQUENTÃO!
![]() |
| Fernando Ortiz e seus remédios da alma |
O Plano Collor e aquela tungada em nosso dinheiro. Tivemos o impeachment, o plano Real. O apagão. A eleição de Lula duas vezes...A eleição da Dilma ( A primeira mulher eleita Presidente da República).E mais essa: O câncer na laringe de Lula...! Que felizmente ele tirou de letra!Num piscar de olhos já estamos em 2014...E a reeleição de Dilma com certeza! Enfim,muito prazer,vivo ao sabor da paixão e esta é a história de minha vida, que completa cinquenta e poucos anos.Entretanto,com o avançar da idade,só não gosto de conviver com novas dores.Mas,minha vontade de viver é maior que tudo, este sou eu, e eu sou assim...


