segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

BIOGRAFIA: JOÃO CABRAL DE MELO NETO

João Cabral de Melo Neto (Recife, 9 de janeiro de 1920Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1999) foi um poeta e diplomata brasileiro. Sua obra poética, que vai de uma tendência surrealista até a poesia popular, porém caracterizada pelo rigor estético, com poemas avessos e marcados pelo uso de rimas toantes, inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil.
Membro da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira de Letras, foi agraciado com vários prêmios literários. Quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.
Na poesia de Cabral percebem-se que causa algum estranhamento a quem espera uma poesia emotiva, posto que seu trabalho é basicamente cerebral ,buscando uma poesia construtivista , comunicativa,e objetiva.
Algumas palavras são usadas sistematicamente na poesia deste autor: cana, pedra, osso, esqueleto, dente, gume, navalha, faca, foice, lâmina, cortar, esfolado, baía, relógio, seco, mineral, deserto, asséptico, vazio, fome. Coisas sólidas e sensações táteis: uma poesia do concreto.
João Cabral de Melo Neto, foi homenageado, em 2007, pelo escritor e poeta baiano Goulart Gomes, com a a belíssima música "Cabralina", vencedora no Festival de Músicas do SESI - Bahia
  • Estranhamente, João Cabral escreveu um poema sobre a Aspirina, que tomava regularmente, chamando-a de "Sol", de "Luz"… De fato, desde sua juventude João Cabral tomava de três a dez aspirinas por dia. Em entrevista à "TV Cultura", certa vez, ele contava que boa parte da inspiração  provinha da aspirina, que a aspirina o salvava da nulidade.
     Na verdade sofria de uma terrível enxaqueca!
 
 
Num Monumento à Aspirina

Claramente: o mais prático dos sóis,
o sol de um comprimido de aspirina:
de emprego fácil, portátil e barato,
compacto de sol na lápide sucinta.
Principalmente porque, sol artificial,
que nada limita a funcionar de dia,
que a noite não expulsa, cada noite,
sol imune às leis de meteorologia,
a toda a hora em que se necessita dele
levanta e vem (sempre num claro dia):
acende, para secar a aniagem da alma,
quará-la, em linhos de um meio-dia...
 
Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 15 de agosto de 1968, e somente empossado em 6 de maio de 1969.
 
Obra
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Este blog foi criado para a disseminação da literatura.Literatura é expressão e propagação de conhecimento.

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